DOENÇAS DO JOELHO
CONDROMALÁCIA PATELAR
A condromalácia, também conhecida como síndrome femoropatelar, é uma condição que afeta principalmente a articulação do joelho, causando dor e desconforto ao redor da patela. Esta condição resulta do amolecimento e deterioração da cartilagem abaixo da patela, levando à fricção e irritação durante o movimento articular. A condromalácia está frequentemente associada ao uso excessivo da articulação do joelho, alinhamento inadequado da patela, desequilíbrios musculares ou lesões. É comumente visto em adultos jovens, atletas e indivíduos com histórico de estresse repetitivo nos joelhos.
O tratamento da condromalácia visa aliviar os sintomas, melhorar a função do joelho e tratar as causas subjacentes. As abordagens conservadoras incluem fisioterapia para fortalecer os músculos ao redor do joelho e melhorar a estabilidade articular. Além disso, modificações no estilo de vida, como evitar atividades que piorem os sintomas, cessar o tabagismo, perder peso e implementar rotinas de atividades física supervisionadas, podem contribuir para o alívio dos sintomas.
Em casos mais graves ou quando as medidas conservadoras são ineficazes, são necessárias intervenções médicas. Estas podem incluir medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios, infiltração de ácido hialurônico intra-articular (viscossuplementação) para reduzir a inflamação e a dor e, terapia por ondas de choque. Em alguns casos, as lesões na cartilagem podem ser tratadas por cirurgia minimamente invasiva (artroscopia).
É importante que os indivíduos que sofrem de dor no joelho consultem o médico ortopedista para um diagnóstico preciso e um plano de tratamento personalizado, adaptado à sua condição e estilo de vida. A intervenção precoce e uma abordagem abrangente aos cuidados podem melhorar significativamente os resultados para as pessoas afetadas pela condromalácia.
ARTROSE
A artrose nos joelhos é uma condição degenerativa das articulações que afeta principalmente a cartilagem que reveste a superfície dos ossos. À medida que a cartilagem se desgasta ao longo do tempo, os ossos podem começar a friccionar uns contra os outros, resultando em dor, inflamação e redução da mobilidade. A artrose nos joelhos é mais comum em pessoas mais velhas, mas também pode ocorrer como resultado de lesões articulares, predisposição genética ou fatores de estilo de vida, como excesso de peso. Os sintomas incluem dor ao movimentar o joelho, rigidez matinal e, em estágios avançados, uma sensação de crepitação ao dobrar ou esticar o joelho.
O tratamento da artrose nos joelhos visa aliviar a dor, melhorar a função articular e retardar a progressão da doença. Abordagens conservadoras geralmente incluem fisioterapia para fortalecer os músculos ao redor do joelho, melhorar a amplitude de movimento e promover a estabilidade e suplementação oral de colágeno tipo II. Além disso, a perda de peso pode reduzir a carga sobre as articulações, aliviando a pressão nos joelhos afetados.
O uso de medicamentos anti-inflamatórios e analgésicos, assim como a terapia por ondas de choque e acupuntura, podem proporcionar alívio temporário da dor. Em casos mais graves, intervenções médicas, como injeções de ácido hialurônico (viscossuplementação), bloqueio anestésico dos nervos geniculares ou, em último caso, cirurgia de artroplastia de joelho (prótese) para substituir a articulação, podem ser consideradas.
O tratamento ideal dependerá da gravidade dos sintomas e da resposta individual de cada paciente. É fundamental consultar o médico ortopedista para um diagnóstico preciso e indicação de tratamento que melhore a qualidade de vida do paciente.
INSTABILIDADE PATELAR
A instabilidade patelar é uma condição em que a patela, osso localizado na frente do joelho, apresenta movimentos anormais ou deslocamentos laterais durante a flexão e extensão do joelho. Essa instabilidade pode resultar de diversos fatores, como fraqueza muscular, lesões nos ligamentos, desalinhamento da patela, ou até mesmo anormalidades anatômicas.
Indivíduos que praticam esportes que envolvem movimentos repetitivos de flexão e extensão do joelho, como corrida ou saltos, podem ser mais propensos a desenvolver instabilidade patelar. Os sintomas comuns incluem dor na frente do joelho, sensação de instabilidade, e em casos mais graves, a patela pode deslocar-se completamente.
O tratamento da instabilidade patelar depende da causa subjacente e da gravidade dos sintomas. Em muitos casos, o fortalecimento dos músculos ao redor do joelho, especialmente os que estabilizam a patela é necessário. Além disso, o uso de dispositivos como taping pode ajudar a proporcionar suporte adicional.
Em situações mais graves, quando a instabilidade é causada por lesões nos ligamentos ou alterações ósseas, pode ser necessária intervenção cirúrgica para estabilizar a patela e corrigir anormalidades estruturais. O diagnóstico e tratamento são realizados durante a consulta com ortopedista e fundamentais para abordar eficazmente o problema.
CIRURGIA DO JOELHO
PRÓTESE DE JOELHO
Também chamado de artroplastia de joelho, esse procedimento é realizado para trocar as partes desgastadas da articulação do joelho, com a finalidade de alívio da dor e melhora funcional do paciente. As principais causas do desgaste do joelho são: artrite reumatoide, artrose pos traumática, obesidade, infecção do joelho e outras doenças inflamatórias que afetam as articulações.
O diagnóstico é feito através do exame físico, história clínica e exames de radiografia simples. A cirurgia é de grande porte, envolve colocação de implantes específicos no joelho e geralmente demora 2 horas. Normalmente o paciente fica internado de 2-3 dias no hospital e já pode andar com ajuda do andador imediatamente após o procedimento.
LESÃO DO MENISCO
Lesão mais frequente em praticantes de atividade física e esportes competitivos. Essa lesão também ocorre com a progressão da idade, em indivíduos sem história prévia de traumas nos joelhos. Em ambos os casos, o joelho do paciente pode apresentar dor, sensação de estalido, inchaço, diminuição da amplitude de movimento e às vezes, instabilidade.
O tratamento pode ser conservador ou cirúrgico, e depende muito do tipo de lesão, do quadro clínico e do nível de atividade física do paciente. Quando indicado, o tratamento cirúrgico consiste em um procedimento feito através de técnica de artroscopia, minimamente invasiva. Dependendo do tipo de lesão, poderá ser feito uma meniscectomia ou sutura do menisco.
A meniscectomia está indicada em lesões pequenas, onde é feito apenas a retirada do fragmento lesionado. A sutura do menisco, ou meniscorrafia, é indicada para lesões as quais podem ser tratadas com técnicas específicas, para cicatrização da lesão.
LESÃO DO LCA
Considerado o pilar central do joelho, esse ligamento, em conjunto com o ligamento cruzado posterior, promovem a estabilidade do joelho. Como o nome diz, o ligamento cruza a região interna do joelho, partindo da tíbia e se inserindo no fêmur. A prática esportiva envolve entorses controlados do joelho, porém quando ocorre um esforço muito grande dessa articulação, pode ocorrer ruptura do LCA. Esse ligamento não cicatriza e a pessoa fica com uma sensação de “instabilidade” no joelho. O diagnóstico é feito através do exame físico, história clínica e ressonância magnética. O tratamento cirúrgico é indicado para pacientes ativos e que gostariam de voltar as atividades físicas com segurança. A técnica usada é por artroscopia e envolve pequenas incisões na frente do joelho. O tempo de cirurgia é de aproximadamente 1 hora e o paciente fica apenas 1 dia internado.
